terça-feira, 31 de julho de 2007

Encosta-te a Mim



Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar.

Chegado da guerra, fiz tudo para sobreviver
em nome da terra, no fundo para merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.

Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.


Jorge Palma

terça-feira, 3 de julho de 2007

Estrela longe


Queria ser egoísta o suficiente
para abraçar essa estrela, chamar-lhe de minha...
Queria ficar numa rodoma de vidro,
apenas com o seu cintilar em meu redor...
Eu disse queria.
Afinal é apenas uma magia que uma singela estrela,
colocou no meu imaginário...
Será a minha, a nossa estrela.
E de todos aqueles que a conseguirem alcançar
com o pensamento.
Meu ficará para sempre o tal abraço imaginário...
Será o nosso segredo e o mais bem guardado.
O meu e o dessa estrela longe....!

Graça Grega