
Como um vento na floresta
Minha emoção não tem fim
Nada sou, nada me resta
Não sei quem sou para mim
E como entre os arvoredos
Há grandes sons de folhagem
Também agito segredos
No fundo da minha imagem
E o grande ruído do vento
Que as folhas cobrem de som
Despe-me do pensamento
Sou ninguém, temo ser bom.
Fernando Pessoa
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