quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Poema Para Um Ano Novo


Minha Aldeia

Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.

Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Ângulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.

Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se ondeia em beleza.

Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valências de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro.
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.

António Gedeão


Ao romper do novo ano
não esqueçam que os
sonhos possuem asas
asas de desejo de esperança
e de concretizações...

Um excelente 2008 para todos


Graça Grega

4 comentários:

Anónimo disse...

Que as suas asas a levem
Onde as asas querem ir
Asas perdidas no tempo
Porque é tempo de sorrir.



Bom Ano para si,Graça Grega, e obrigada pelos magníficos poemas de Gedeão e Natália Correia.

TempoBreve disse...

Olá, Nome da Coisa!

O nome da coisa é aquele que eu não ouso dizer, só por temer que a minha língua fique num nó cego apertada.
Com o António Gedeão, você já quase acertava. Então, se você visse o prefácio duma certa obra dele! Mas não lhe digo mais nada.
Claro que os homens da sua terra são quase como os da minha. Mas a minha terra é mais linda.
Vou deixar-lhe um sorriso, em formato pequenino.
:-)

GraçaGrega disse...

Depois de umas férias forçadas estou de volta, mas ainda tempo para lhe sorrir alma..:-))

GraçaGrega disse...

Quanto a si tempobreve,
sei bem que tem esse tal de nome atravessado...
mas não se fica pelo nome, vc fica sempre atravessado, quando me visita.
Fica com um ligeiro ataque de amnésia
que o deixa desmemoriado..:-))
Esquece tudo e depois dá a desculpa esfarrapada de que nada me diz...
Coisas de tempos..
Nada a fazer..:-))
Retribuo o sorriso minúsculo.